segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Uma professora excelente!

Uma aluna que reprovei por plágio está me dando um certo trabalho, mas não é que os colegas até que aprovaram minha postura inflexível, dizendo até que hoje, o que os alunos mais têm falta, é de uma autoridade firme e presente? É o que procuro ser, essa autoridade liberal nas idéias mas rígida nos princípios, onde discordar de mim é desejado, mas respeitar as regras obrigatório. Com a liberdade, quero que sintam o peso da responsabilidade, da decisão, que tenham que encarar as consequências dos atos, o que num país cheio de carimbos e anistias, convenhamos, não é pouco. Onde pouco fazemos sem permissão, mas sobre o que fazemos nenhuma responsabilidade temos... Com as regras, quero deixar claro minha visão sobre o que é certo e o que é errado. Plágio é errado. Trabalhar é certo. Respeitar opiniões diferentes é certo. Aceitar opiniões sem refletir, só porque veio do fulano ou cicrano, é errado. E assim por diante.

Nunca tentei nem construir nem destruir nenhum país, então a comparação talvez não caiba. Mas gostei do que essa professora disse outro dia no jornal: 'She said that she is looking forward to getting back into the classroom at Stanford, where she hopes to interact with students, to challenge them, to hear them out and perhaps to teach them a thing or two about what it’s like to be in the driver’s seat when a national-security crisis explodes.
“I would do a simulation with students, where they are given a problem, some hot spot in the world,” she said. “And over a week they’d have to be the national security adviser solving those problems.”
“All of a sudden,” she said, “it doesn’t look so easy.”'

Modestamente, não tenho a experiência de uma secretária de Estado para dizer aos alunos que não é lá muito fácil. Menos modestamente, sei que ter responsabilidade sobre o que fazemos não é lá muito fácil. A cada dia, na sala de aula, às vezes até deixando a máscara cair e revelando dúvidas e indecisões, procuro dizer aos alunos que não é lá muito fácil, na esperança perene dos bons professores, de que outros façam as coisas melhor do que nós mesmos pudemos fazer.

2 comentários:

Anônimo disse...

o problema e' qdo a tal professora sai por ai' cantando amazing grace, a todo pulmao.
sg

Felipe Pait disse...

"Gentle but firm," não é assim em resumo que o Dr Spock manda tratar crianças, adolescentes, e jovens adultos? O problema é o hábito ginasial de dar bronca e nota baixa, depois passar todo mundo.

Sobre a professora, cada um é promovido até seu nível de incompetência.