quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Novela maravilhosamente...

ruim. Mas tudo bem, vejo quando posso, e adoro. Hoje teve imagens daquelas ruínas romanas da Jordânia, que coisa bonita. Se não fosse o canastra do Thiago Lacerda seria um espetáculo, mesmo com a modelo vestida para desfile andando naquele sol acachapante. Encontro com estranhos em viagem eu tive a minha cota, e garanto que nunca tem a ceninha da cobra. Paris não foi tão legal, ficou mais no quarto do hotel do Projac mesmo. Mas Petra foi supimpa.

As tramas não te envolvem de jeito nenhum, uns romances insossos. Ai, saudades do Felipe Barreto, do Renata Mendes, vilão com nome e sobrenome. Mas é ótimo, você fica vendo o mar de Búzios, se imaginando na pousadinha comendo peixe com molho de maracujá, farofa de banana e tomando caipirinha de jabuticaba, ou sei lá o que que esse povo de pousada inventa. Sem ninguém para se identificar, sem ninguém para projetar seus problemas e angústias, uma nova dimensão à palavra alienação. Que novela boa.

O Rio também fica muito bem na novela. As cores bem vivas, as paisagens espetaculares. E ninguém na tela, nem uma pessoazinha dando o duro que você dá, é uma pausa mesmo na vida. Tem bêbada e adolescente grávida, isso tem. O que decidamente não é minha praia, a nível de problema. Até drama francês tem mais a ver. Uma suspensão cerebral. Tanto falaram mal da novela que eles resolveram fazer uma assim. "Ah, é? Chiclete pros olhos? Agora vocês vão ver o que é chiclete pros olhos!"

Só tem aquele suspense de que a cada segundo alguém vai bater o carro e se espatifar todo. Ou a lancha, pois tudo na Globo é mais upgraded que na vida real. Mas eu não me preocupo. Só vejo os sorrisos na tela como mais artificiais ainda, mais remotos ainda, mais parte de uma paisagem que eu até queria fazer parte, quem sabe em Janeiro? Quem sabe não vou para Petra em janeiro, de bermuda, viseira e Timberlands?

Ou para o Rio, que é bem perto. Ou para Búzios. Paraty. Tá bom, Ubatuba. Quem sabe não vou em janeiro para Ubatuba?

Um comentário:

Anônimo disse...

Se algum dia encontrar o seu e-mail, talvez possa dizer mais. Aconselho que leia para esses tempos.


A Delinqüência Acadêmica*
Maurício Tragtenberg

http://www.espacoacademico.com.br/014/14mtrag1990.htm